(01.12.2008) segunda-feira parti de Lisboa. Primeira paragem: Amsterdão. É inverno e partimos. Podíamos ir para o frio ou para o quente. Se fossemos andorinhas já teríamos partido; mas não vamos à procura do calor. Vamos à procura de quê? Eu acho que apenas vou, sem procurar nada específico, não tenho expectativas específicas, só a de me sentir.
Fechar a mala será sempre uma aventura, talvez porque tem a ver com escolhas; se bem que no caso da mala não têm grandes implicações. Talvez não seja preciso este casaco preto, não o levo. Lá fora está escuro, apesar de ser quase meio-dia. O inverno instalou-se em Lisboa e parece ter chegado para ficar. Os seus lábios... Escolho-os. As ruas ficam molhadas e as luzes dos carros mais acesas. O inverno vê-se nos sapatos das pessoas.
Os aeroportos são lugares de passagem, de encontro e desencontro, de despedida e de reencontros. As histórias correm pelos longos corredores e nós corremos para a porta de embarque. Somos as últimas. Parto nesta viagem, primeiro acompanhada pelas meninas Catarinas. Elas têm o brilho nos olhos, pela curiosidade da viagem. É bonito. Rumo a Amsterdão. Nesta viagem parto sem música. Apenas com aquela que está na minha cabeça, os sons unir-se-ão às imagens ao longo do percurso.
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