(4.12.2008) É incrível a forma como amo a minha irmã. Quando ela chorava, enquanto bebíamos um expresso (o café fumegava e as suas lágrimas caíam), o meu coração ía ficando cada vez mais pequenino. Quando dos seus lábios saiu: "Mana, não vás...", fiquei sem chão. Cai tudo por terra quando alguém que amas brutalmente te pede para ficar. Acalmei-a e dei-lhe tantos beijos quantos consegui, dei-lhe um abraço envolvente e fomos passear por Amsterdão. Nevou muito nesse dia. O frio da neve cortava-me a pele, como aquele momento de manhã me tinha cortado a alma. Caminhámos, fizemos uma refeição decente, rimo-nos e passeámos uma vez mais pelos canais.
Às 18 horas estava de novo de partida. Comboio, avião. Mais uma vez no aeroporto. Deixo a pequenina e a mana (que também vejo como pequenina) e abraço-as. Vão-se aguentar. Tenho a certeza. A viagem serviu muitos objectivos e serviu também uma nova aproximação à minha irmã, um novo ângulo na relação. Parto rumo a Praga, uma cidade que, por enquanto, não me diz nada. Só existe a curiosidade do próprio espaço, do lugar, e de reencontrar amigos e pessoas. A ver. Há que gerir as expectativas.
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