hoje entreguei-me a mim, depois de várias chamadas de atenção interiores. às vezes estamos tão entretidos a viver tudo no limite que nos deixamos de ouvir. ainda bem que esta manhã aconteceu e me disse para olhar por mim e para mim, porque me estava a desfocar daquilo que procuro. Saí de casa para ir almoçar com a minha avó e subi até à Graça de eléctrico, comprei-lhe uma flor e fui no caminho a tentar ouvir a resposta: o que me está a puxar para norte e o que me está a prender aqui? Decidi ouvir o vento e tentar encontrar uma resposta que até parece simples: ir ou não ir ao Porto esta noite? A questão era mais complexa do que os simples aspectos de "produção" que poderiam ser resolvidos facilmente. porque raio tinha andado tanto tempo a falar de ir ao Porto este fim de semana e porque é que algo me dizia: fica?
passeei pela Graça, depois de almoço, sozinha, num espaço que me é tão familiar ou não tivesse crescido ali. as primeiras memórias de criança são daquele bairro lisboeta. A proximidade à idade em que somos mais fiéis a nós próprios ajudou-me a perceber que tudo está em nós. percebi que tinha de ficar.
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