terça-feira, 28 de outubro de 2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

dias a correr depois de dias vagarosos. o inverno chegou.

noite, noite.
chego a casa depois de um dia a correr. a semana parece ela própria começar a correr: acordar, tomar banho, vestir, tomar o pequeno-almoço, maquilhagem, secar o cabelo. estou pronta. saio de sorriso na cara para o início de uma semana, ponho a música a tocar no carro e balanço até chegar ao trabalho. 
chego ao trabalho, pessoas mal dispostas, pessoas bem dispostas, uns sempre mais sorridentes que outros. Ponho música de novo, não me apetece conversar. café. essencial. a manhã passa a correr, tarde em reuniões, uma sopa ao almoço a correr e um café com a Gi, que sabe a pouco porque ela tem tanto para me dizer. o sol na esplanada faz brilhar ainda mais os olhos dela. devia conseguir convencer-te de que vai correr tudo bem. claro que vai. tenho a certeza. contigo só pode ser assim. a tarde a correr, reuniões, entre mails e conversas cruzadas já são quase 8 horas. saio.
chego à casa onde vivi tantos anos, janto a correr em casa da minha mãe. há poucas coisas que me animam como vê-la. vejo também  a minha irmã em cinco minutos, provo pela primeira vez frutas cristalizadas cobertas com chocolate. a minha mãe comprou, fazem-lhe lembrar a sua infância. eu, a minha mãe e o zé carlos tentamos descobrir as frutas através dos papéis coloridos. corro para o ensaio. 
chego ao ensaio. integra a personagem, fotografias, vejo o meu irmão. uns dizem que somos iguais, outros que não temos nada a ver. nunca percebi como podem divergir tanto as opiniões das pessoas. o olhar de cada um vê cada pormenor de forma única. ensaio, meia noite e meia, frio... chove um pouco, vou para casa, no caminho lembro-me que tenho mesmo de pôr o edredon na cama. está frio, a noite passada senti a tua falta. vou para casa. 
chego a casa. arrumo tudo, penso no que tenho para fazer amanhã. escrevo. apetece-me, mesmo que não diga nada de novo. senti que o dia foi a correr e que agora me apetece parar e escrever. o edredon já está na cama. azul, pelo menos esta semana é azul. deito-me e gozo o facto de estar sozinha. já tinha referido que gosto do inverno?
a semana avizinha-se a correr... mas pode ser que a chuva acalme os dias e que o sol espreite entre o frio do fim de outubro. já chegaram as castanhas assadas e os meninos a irem para a escola de galochas coloridas.  já reparaste que passei o dia a sair e a chegar a sítios? noite, noite. chega a hora de dormir. 

domingo, 26 de outubro de 2008

gostei muito do vídeo..

cereais de maçã e outras divagações

Chegaram os cereais da Kellogg's com sabor a maçã... às vezes contento-me com coisas tão pequenas. O sabor lembra-me as férias em Paris. Hoje fui ao supermercado porque os cereais tinham acabado e deparo-me com a chegada do novo sabor que já tinha tido o privilégio de provar na cidade da luz. Ainda há-de vir o de pêssego... Voltei a casa feliz e adormeci enquanto olhava a luz de Lisboa ao entardecer. Esta cidade tem momentos fantásticos. 
Amanhã podia ser domingo. Em vez de mudar a hora, mudava um dia inteiro. Quando chegasse a domingo, afinal era sábado outra vez.. isso é que era.. mas já que não há isso, ao menos que haja novos sabores de cereais... Acho que se tivesse de escolher uma coisa para comer até ao fim dos meus dias escolhia leite frio com cereais e fruta. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

esta voz deixa-me sem respiração.

CASAS - vamos estrear!



O teatroàparte está quase a estrear a peça. Farei a querida alemã.

CASAS
de Miguel Castro Caldas
encenação de Gonçalo Amorim


O grupo de teatro da ART - Teatroàparte apresenta uma Nova Peça em Novembro de 2008. No Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro em Telheiras.

Actuações a 14 Novembro 22h 15 Novembro 16h e 22h 21 Novembro 22h 22 Novembro 16h e 22h 28 Novembro 22h
29 Novembro 16h e 22h

Reservas e Informações 96 422 61 76
teatroaparte@sapo.pt

« As pessoas têm a mania que são donas de cães, de canários, de outras pessoas, de casas, e até da própria terra. Ponhamos os cães e os canários de lado, e vejamos como é que se comportam as pessoas com as casas. Depois a história é simples: a porteira trabalha para a madrasta e depois vem o príncipe, que é mais poderoso, expropria a madrasta e fica com a porteira. Mas como é que é depois da felicidade para sempre? Como é que são as histórias depois de acabarem as histórias? »[Miguel Castro Caldas]

O grupo Teatroàparte (com o nome Pó de Palco até 2003) foi fundado em Novembro de 1997 no âmbito das actividades lúdicas e culturais da Associação de Residentes de Telheiras (ART), mas rapidamente a sua gestão se tornou autónoma. Actualmente é constituído por cerca de 20 elementos activos. O grupo foi orientado por Susana Graça Oliveira (1997/1998), Fernando Ascenção (1998/1999), Rui Catarino (1999/2000), Pedro Carmo (2000-2004) e Jorge Parente (2005-2007). Desde Fevereiro de 2008 tem vindo a ser orientado por Gonçalo Amorim. O Teatroàparte está registado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.


Grupo de teatro à parte

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fim de dia, fim de noite

Ensaio. Chego a casa. Sorrio. Adiciono um blog. Têm de conhecer o projecto do Paulo. Entretanto tenho de ir dormir.. A minha cama azul espera-me.

coisas de que gosto...

Sabem o que gosto mesmo? Dos raios de sol no inverno e de uma chávena de café a fumegar. Também gosto muito desta música.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

it's not too late.

às vezes só quero mesmo estar sozinha.

não tem de ser necessariamente mau. é o que é. às vezes só quero ficar a ouvir Jeff Buckley e não ter ninguém à volta. às vezes isso chega-me para estar bem comigo.

domingo, 19 de outubro de 2008

o seu não veio. também não se pode ter tudo.

thievery corporation. i love to dance.

dancing to smile

às vezes só preciso de sair e dançar, dançar e libertar tudo. isso faz-me sentir viva, mais eu. hoje adormeço a sorrir, só pelo grande concerto. contento-me com isso.

sábado, 18 de outubro de 2008

meg stuart. maybe forever.

Empurra-me e puxa-me

Um processo de separação é quase sempre um processo violento, que nos prende e nos empurra de e para determinados estados emotivos. Uma separação nunca é fácil, mesmo quando parece fácil. São amarras que nunca deixam de estar, mesmo quando fingimos que não estão. Um processo de separação quando nutrimos ainda sentimentos fortes pela outra pessoa é ainda mais díficil. Se me dissesses: já não te amo, era tudo mais fácil, menos bonito, mas mais fácil, porque haveria um motivo para te odiar, para te esquecer. Assim, sinto só que falhámos, que fomos felizes e que nos perdemos em determinado momento. Passada a fase em que todos os que te rodeiam se preocupam contigo, vinda a fase em que gozas os teus momentos de libertação, parece que há dias em que te tiram o tapete do chão, em que te continuas a lembrar de todos os pormenores, em que as coisas mais estúpidas te fazem rir sozinha, e de repente a angústia desse momento chega e invade-te o estômago, faz-te chorar de dor e faz com que sintas vontade de vomitar, tal é o turbilhão de emoções que estás a sentir mesmo no teu centro. Todos aqueles clichés de que alguém te falou, das músicas, da escova de dentes, da tua camisola preferida, que ainda está cá em casa, todos esses acontecem em algum dia, em que por alguma razão estás mais frágil, e parece que és uma criança a quem disseram que não podia comer mais doces. A analogia até pode parecer estúpida, mas quando somos crianças até podemos achar que nos estão a fazer sofrer tanto... só porque não podemos brincar mais e temos de ir dormir, que se assemelha, apesar de serem universos diferentes.
Às vezes pergunto-me se é este o caminho, uns dias ando feliz, outros não, mas quase todos me lembro de ti. A questão é que não quero mais aquilo que tinhamos, não quero isso para mim, não quero mesmo. E tenho medo. Às vezes acho que nunca vou saber lidar com este conflito. Talvez a afonia venha de tudo isto que tenho para te dizer. Sinais do universo. Yes, i'm sad.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

dias de chuva e sol.

Confesso que tenho um fascínio por dias de chuva. Aqueles em que de repente chega o sol, entre nuvéns, e parece que ouço sempre uma canção de elliot smith. "Everything reminds me of her".. Hoje aconteceu-me isso à hora de almoço, quando saí para um café, praticamente em silêncio, dada a rouquidão com que acordei esta manhã. Talvez durante a noite tenha tido um sonho e falado, falado, falado até não poder mais, ou talvez seja apenas o meu corpo a avisar-me da necessidade de comunicar. Chá de cascas de cebola e gengibre e uma boa noite de sono... ou umas horas pelo menos.
Por acaso lembro-me perfeitamente da tarde em que o João me emprestou o "Figure 8" do Elliot Smith e o ouvi no meu quarto, ainda em casa da minha mãe, com o sol a entrar pelo quarto durante toda a tarde. E era inverno, talvez seja daí que vem esta memória auditivo-sensorial das tardes de inverno. Na altura andava na faculdade e estudava em cima da cama, às vezes deixava-me adormecer com os raios de sol a baterem na minha cara..

sábado, 11 de outubro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

limbo de emoções



Passo por tantos estados ao longo do dia que, às vezes quando chego a casa me apetece reflectir. Às vezes são coisas tão díspares que perco a noção do tempo e penso que aconteceram em dias diferentes. Não acho que seja uma coisa só minha, acho que recebemos tantos inputs, tanta informação diariamente que acabamos por nos ir sentindo diferentes quase em cada momento do dia.
Hoje, por exemplo: acordar, sentir que devia ficar em casa na cama, a ver se me curava desta constipação. Não fico, tenho de ir trabalhar. Na minha cabeça vejo todos os assuntos pendentes, quase em post-it's, as coisas para fazer, olho lá para fora e levanto-me. Tomar banho, chegar ao trabalho, beber café, acordar. As coisas para fazer parecem não parar de aparecer. Sempre mais uma. Irritação, cansaço, nervoseira. Almoço uma salada e bebo outro café. Converso com uma amiga. Adoro o seu sorriso. Volto à rotina, lufa-lufa, mais coisas para fazer, outras já feitas. Começo a sentir demasiada acelaração. Páro. Penso e digo a mim mesma: "sem merdas, não vais entrar em stress, planeia, organiza, começa a fazer. Respira". Momento de pânico ultrapassado. Rio. Tusso. Rio de novo. Fico em silêncio, concentro-me, alimento-me. Preciso de açucar. Há anos que não comia um buonty.
Volto ao trabalho, ouço música e por vezes sorrio. Danço com os pés e os ombros enquanto penso num simulador, num site de pontos, cartões, tenho de fazer uma entrevista para a semana. Quem vou escolher? Tenho de planear o que vou fazer sobre o Doc Lisboa e o Temps d'Images. Post-it's fotográficos. Hoje tenho o concerto de Noa. Não me apetece ir, acho que não gosto. devia ir. Já tenho o convite e não gosto de não aparecer quando disse que sim. Hum... será que a minha irmã quer ir por mim? telefonema puxa telefonema. Não tenho companhia. Não sei se vou, já decido. Planeamento da equipa para a próxima semana, destaques, comunicação. Imagens. Tenho tudo a andar. Telefonema: a minha orientadora já deixou a tese na recepção da faculdade. Tenho de a ir lá buscar ainda hoje. Há algumas alterações. Merda. Isto nunca mais acaba. Vou desistir. Angústia. O processo criativo, o processo de escrita e de investigação às vezes consegue ser verdadeiramente frustrante. Calma, ainda nem viste as alterações. Vou desistir. Estou a fazer isto porquê? Deixo cair o pensamento e volto ao trabalho. Adoro esta música. Ex-Wife. Embalo, concentro-me. Falo com a minha mãe passado umas horas ( "Tenho muitas coisas, este fim de semana não vou aí.").
8 da noite, tenho de sair. Vou à faculdade e apanho o trabalho revisto para começar no fim de semana. Se ficar muito deprimida salto o concerto, se não vou sozinha e logo vejo se gosto ou não. pego no texto, olho para as notas feitas pela professora. Primeiro pensamento: Vou mesmo desistir. Suspiro. Ponho música bem alto no carro. Abro a janela e ponho o cachecol. Dói-me a garganta. Olho para o documento e penso: vou fazer isto. Não me vais vencer. Vou superar as expectativas. As minhas. Conduzo até ao CCB. Concerto: sono, frio, ela tem uma voz incrível, às vezes é muito bom, às vezes só me apetece fugir, sinto que não é natural. Há coisas que não fazem sentido. Gostei de momentos, não do todo. Ela é boa naquilo que faz. Eu não me identifico. Vou ter uma sobrinha. Vai ter o meu nome. Ana.
Rumo a casa. Tomo um banho. Encontro-me comigo mesma. Como uvas frescas depois de pôr creme no corpo. Adoro estes momentos. Sorrio. Visto algo confortável e começo a escrever. Páro. Tenho de marcar a minha viagem. Está feito. Amesterdão, Praga, Londres. Só ainda não tenho o bilhete de regresso. 15 dias em três cidades. Em Dezembro. Antes do natal. Até lá tenho de entregar o projecto de dois anos. Quero mesmo terminar este ciclo.
Ponho um disco de Anywhen e recomeço o discurso. Saudades. Apetece ligar, mas estou bem comigo. Os meus dias são feitos de escolhas. de sensações, de músicas. Esta ("Scars and Glasses") deixa-me feliz por conseguir sorrir só com a beleza de um som. Acho que me vou deitar nos meus lençois azuis e deixar-me levar.

sábado, 4 de outubro de 2008

sensações

Sinto a liberdade em mim. Sorrio muitas vezes sem saber porquê. Adoro a música que descobri hoje. Acabo de ver a ecografia que mostra as 10 semanas de vida do meu sobrinho.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

respiração

inspiro, expiro... respiro. sinto o sono a chegar e quase adormeço a sorrir. gosto de me sentir assim. livre. sonhadora. sonolenta.